terça-feira, 18 de agosto de 2009

Todo Amor Que Houver Nessa Vida








Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva


Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia
E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria


Letra: CAZUZA


"Essa música reflete, ou ao menos nos faz refletir, sobre o que todos buscamos em nossas vidas: O amor incondicional. O verdadeiro amor que em uma luta constante perante a realidade sonhamos em ter um dia; às vezes, nos confundimos com nossos sentimentos. Na condição de ser errante não sabemos distinguir uma paixão de um verdadeiro amor incondicional...Mas não basta apenas sonharmos, temos que conhecer a profundidade dos nossos sentimentos e valorizar nossas oportunidades, pois muitas são as vezes que o verdadeiro amor está ao nosso lado e não valorizamos e apenas quando perdemos é que aprendemos a dar valor. Mas ainda devemos lembrar que antes de se amar alguém devemos amar a nós mesmos, devemos ter auto-estima, pois quando amamos a nós mesmos aprendemos a respeitar nossos próprios limites e só assim conseguimos amar e respeitar a pessoa que desejamos ao nosso lado."

domingo, 9 de agosto de 2009

Reflexões - Sentimentos recessos






A algum tempo você partiu
Desde então, me encontro no limbo* dos sentimentos corrompidos
Perdido ainda nos laços de sua névoa
Consumido pelas ilusões que você plantou
Traído por acreditar demais nas palavras,
Mesmo sem saber que estas eram supérfluas
Machucado por estar sempre desarmado diante a você
Com a sua partida, você levou consigo, também, todos os meus sentimentos,
Minha capacidade de amar novamente
Transferiu-me toda a sua dor
E levou todos os analgésicos embora
Hoje me encontro combalido pela dor do amor
Hoje você está feliz nos braços de alguém e nem se lembra mais que eu te amo
Hoje eu ainda te amo, mas meu coração deve estar guardado em alguma gaveta do seu passado


*Limbo: Lugar de trevas



" Neste pensamento livre, notamos que o eu-lírico passa a mensagem de que sofremos por estar longe da pessoa que amamos, a qual neste caso abandou-o, pois não amava com o mesmo desejo. Concluímos, então, que quando entramos numa relação onde uma pessoa entra com o seu sentimento feridos por uma outra relação antecedente, esta busca nos primeiros momentos desta nova relação satisfazer o seu ego, sentir-se amada e também oferecendo um sentimento de afetividade no qual a outra pessoa, com quem ela está se relacionando, passa a acreditar que está fluindo um sentimento recíproco entre elas, mas esta pessoa que entrou na relação ferida, em pouco tempo estará com o seu ego satisfeito e pronta para transferir o ressentimento da sua antiga relação, pois ela acredita, inconsientemente, que se ela sofreu tanto por amar alguém, uma outra pessoa deverá sofrer, assim como ela. Pode parecer que isso que refletimos sobre este pensamento livre seja algo irreal, mas se pararmos para analisar conscientizar-nos-emos que sempre alguém sofre por um sentimento de perda e outras pessoas com que elas se envolvem também sofrerão, mas essa transferência da dor que fazemos em nossas relações, não é que sejamos pessoas más, e sim, somente por uma questão do nosso inconciente que sem querer busca, sem nossa conscientização, tentar reestabelecer uma cura para a mágoa que sentimos em tal momento de ressentimento. "



Poesia: Priscila Ventura e colaboração de Roger Borges
Reflexão: Priscila Ventura e Roger Borges


sábado, 8 de agosto de 2009

A busca do amor através do sexo




São nove e meia da noite e estou, eu aqui, combinando com um amigo, pelo telefone, o final de semana. Cá eu lembrando das nights de nossas vidas, dessas nossas baladas cheias de promiscuidade. Hoje beija-se em praças publicas e até mesmo em frente aos templos religiosos. Não que sejamos moralistas, mas deve-se ter o minímo de bom senso ao beijar alguém, isso, aliás, é uma questão de etiqueta. Na França, por exemplo - o país mais fresco dos quatro cantos do planeta - é proibido beijar em praças públicas, isso para que quem veja não se constranja diante de tal cena.

Atualmente as preliminares foram praticamente extintas dos relacionamentos, é normal pularem os estágios que existem entre o beijo e o sexo. Quem dirá então em relação aos jovens, que vivem uma busca constante pelo corpo perfeito e pelas descobertas sexuais, pois fazem de todos os corpos que deparam pela frente e causam-lhes algum interesse, vítimas de seus prazeres.
O sexo convencional que trata-se uma relação afetiva-amorosa já não faz mais sentido para uma grande parte da população, isso porque tornou-se popular. Já que o ser humano vive motivado pela auto superação, ou seja, ele sente a vontade de transpor as barreiras do insuperavel. Oras, se fazer sexo hoje é tão fácil então não há superação e se não há a mesma, obviamente, ele auto motivar-se-á a novas experiências.

Agora, você caro leitor, deve estar se perguntando quais são essas novas experiências? É fácil essa resposta, basta olharmos nas estatísticas dos sociólogos, as quais apontam um grande tendência a bissexualidade. Surgindo assim, uma nova geração de homens e mulheres, cansados da banalidade e facilidade sexual que encontramos hoje em dia e motivados a superar tais facilidades, encontram na possibilidade de relacionar-se com alguém do mesmo sexo, transpor estes limites.

Perante a banalidade sexual exprimida hoje pela sociedade contemporânea, o ser humano tenta suprir através destas novas experiências o verdadeiro sentimento de amor e afetividade que se perdeu diante de tanta promiscuidade. O bissexualismo foi introduzido na nossa sociedade, portanto, por uma questão de necessidade, já que não se encontrava, e ainda não se encontra, nas relações heterossexuais o amor incondicional, então houve-se a necessecidade de buscar esse amor homossexual. No entanto, no decorrer do caminho, da mesma forma que o sexo foi imposto acima da afetividade nas relações heterossexuais, a relações homossexuais também sofrem dessa mesma degeneração.

A sociedade do século vinte e um, perdeu a total noção do real sentido do verbo " AMAR ", hoje ama-se a todos de uma forma promiscua, cabe a nós enquanto cidadões rever nossas relações, e impor a elas um novo sentindo, onde haja cumplicidade e afeto.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Do sexo a guerra








Gostariamos de exclarecer aos nossos visitantes o por quê do titulo do nosso blog. A primeira vista ele pode parecer um tanto pesado e obsceno, mas conferindo o conteúdo poderão concluir que este blog é muito mais que apenas um titulo, é um espaço destinado a contemporâneidade da música, arte, poesia, filme, complexidade dos relacionamentos, filosofia, etc...enfim tudo aquilo que nos acompanha no dia a dia.

Aqui fica as boas vindas a todos os visitantes e o convite para que, se desejarem, deixem seus comentários.